Ei 2019, você foi um baita de um ano né, camarada. Nos primeiros momentos eu pensei que você viria pra recompensar 2018, mas não, você veio pra complementar tudo que aquele ano fez.
Você quase levou duas pessoas que eu amo, e isso foi logo de cara, já no início. Achei até meio injusto você começar nossa relação assim, mas tudo bem. Por conta disso você levou também uma parte de mim que eu não gostava. Você levou uma grande parte da minha insegurança e me deu forças pra ir atrás do que eu realmente queria, para eu realmente botar a mão na massa, e acho que não teria sido possível fazer isso sem essa sua "ajuda". No fim das contas eu não deixei você levar nenhum dos dois. Desculpa, eu amava eles demais para poder ficar sem eles na minha vida, mesmo que no fim das contas eu tenha deixado um deles pra trás, não por uma escolha minha. Mas estamos nos adiantando demais aqui.
Ah, você também quase me levou. Como assim, sabe? Se você não pode me ter só pra você, que ninguém mais tenha, não é mesmo? E por um momento eu fiquei com muito medo de você conseguir. Eu realmente pensei que você me levaria e isso foi desesperador. Mas cá estou eu. Acho que as minhas conquistas me ajudaram a ver que eu mesmo tinha salvação e que poderia sair daquela.
Você também me trouxe muitos embates no meu dia a dia, tendo que aguentar pessoas e comentários que eu preferia não ouvir. Você colocou meu emocional à prova diversas vezes, e ainda tem feito mesmo nesse último dia do ano, e tenho certeza que 2020 vai continuar com esse trabalho. Eu desisti de acreditar que o próximo ano vai ser melhor que o anterior. De novo, me adiantando.
Nesse ano eu vi muitas lágrimas, eu derramei muitas lágrimas, eu ajudei pessoas que derramavam lágrimas e algumas vezes eu não consegui ajudar as pessoas derramando lágrimas ou então, o pior de todos, eu era a causa das pessoas derramarem lágrimas. Você me mostrou um novo eu, que em alguns pontos eu, e as pessoas ao meu redor, não estava preparado para encarar. Mas foi bem seu tipo, prontos ou não aí vou eu, e PAH, jogou isso na minha cara, acertando gotas em todos que estavam em volta. Por conta disso eu acabei tendo que deixar pra trás uma pessoa que eu amava demais, talvez a pessoa que mais amei no sentido romântico da palavra. Acho que nós dois temos culpa nessa, mas tudo bem, acho que superaremos essa. Outros eu pensei ter perdido no caminho, pensei que teria que deixar nesse ano, mas acabei percebendo que eles estão presentes ainda, de outar forma, um pouco mais distante, um pouco diferente de como eram antes, mas lá estão. Eu não ia deixar todos ficarem pra trás, desculpa. Espero que você tenha percebido o quão insistente eu sou quando quero algo. E aí, quase no fim, você ainda quase me fez deixar um grande amor que conquistei há pouco tempo, mas que parece que tenho há anos. Mas não, a gente conseguiu segurar as pontas e vamos entrar juntos em 2020, espero que mais fortes do que nunca. Qual era a sua em tentar me deixar sem ninguém? Você é meio possessivo né? Mas eu sou mais.
Acho que desisti de ficar depositando minhas esperanças no ano que virá, achando que ele vai compensar tudo que aconteceu no ano anterior. Ele até pode fazer isso, e acho que ele vai fazer isso, mas óbvio que ele vai trazer novos problemas, novas situações; não tem como ganhar todas, não é mesmo? Nós temos que deixar algumas coisas se quisermos que outras cheguem. Então por isso eu não ficarei sentado esperando só coisas boas de 2020, mas sim lutarei com unhas e dentes pra conquistar tudo que eu quero. Provavelmente ele vai tentar me sabotar de mil formas, e em alguns momentos eu vou quase deixar ele fazer isso, quase desistir, pra de repente conseguir dar a volta por cima. Obviamente algumas perdas acontecerão no caminho. Na verdade espero que não sejam perdas, porque acho meio forte, mas sim apenas uns desencontros, uns afastamentos, uma pausa.
Pois é, algumas coisas ficam com você, 2019, mas a maioria eu levo comigo, e levo bem, aceitando-as, aceitando as perdas, me aceitando. Então foi bom, em partes, te conhecer e, assim, me conhecer.
Obrigado e vai se foder.
tales of girls ,boys and marsupials
histórias fictícias mas que na minha cabeça aconteceram ou acontecerão em algum momento
terça-feira, 31 de dezembro de 2019
domingo, 15 de setembro de 2019
Palavras entaladas junto com algumas lágrimas e uma sensação de abandono
Você queria se sentir amado, e eu não te culpo, até porque era o que eu também queria. Acho que isso é o que todos da nossa geração querem. Querem ser amados, ou melhor, se sentirem amados. Não basta simplesmente sermos amados, queremos nos sentir amados. E repito, não tem problema, até porque já existem problemas suficientes, e por isso talvez a gente queira alguma certeza de conforto.
Mas o problema é que acaba aí. Infelizmente não vai além. Infelizmente a maioria das pessoas, e você inclusive, só querem se sentir amados. Não querem ter que ter o trabalho de fazer outras pessoas se sentirem amadas, não querem ter que fazer qualquer esforço ou concessão. E aí tá o problema né.
Responsabilidade amorosa.
É, acho que isso é o que falta né.
Ter alguém nos amando é fácil, sempre acharemos alguém de uma forma ou de outra. O difícil mesmo é nos abrirmos, mostrarmos nossas inseguranças e batalhar contra elas, para fazer com que a outra pessoa sinta o mesmo.
Pedidos de namoro, alianças de compromisso, tudo isso é muito bom porque aí é só olhar e lembrar que aquela pessoa está lá. Isso qualquer pessoa pode fazer.
O difícil mesmo é querer estar com a outra pessoa para passar por momentos difíceis, Situações que colocam o amor à prova. A única coisa a qual se segurar sendo as promessas feitas, a lembrança dos momentos que viveram e a confiança um no outro. Isso a gente não pode chegar e comprar ou pedir e ter uma confirmação. Isso a gente conquista com o tempo.
Talvez você seja jovem demais para entender isso, talvez você seja egoísta, ou talvez você só esteja perdido demais querendo sentir algo, de alguém, de algo, e eu não sou a pessoa de dar algos para amaciar o seu ego e suas inseguranças. Eu nem sei que tipo de pessoa eu sou.
Até porque cada vez que me vejo abandonado me descubro um pouco mais. Cavo lá no fundo e descubro um novo lado de mim. Clichê né.
Pois é.
Acho que comecei esse texto com muita coisa pra falar e acabei me perdendo e agora nem sei mais o que tô falando, e acho que não falei nada do que queria falar.
Talvez seja pra falar que ainda não te perdoei, e provavelmente não perdoarei. Que me imagino gritando mil coisas na sua cara, mas isso não adiantaria nada. Você já provou o que eu mais temia, agora nada pode trazer de volta aquela segurança que nunca senti.
É, nunca. E acho que eu tava certo nesse quesito.
Às vezes é um saco estar certo.
Mas o problema é que acaba aí. Infelizmente não vai além. Infelizmente a maioria das pessoas, e você inclusive, só querem se sentir amados. Não querem ter que ter o trabalho de fazer outras pessoas se sentirem amadas, não querem ter que fazer qualquer esforço ou concessão. E aí tá o problema né.
Responsabilidade amorosa.
É, acho que isso é o que falta né.
Ter alguém nos amando é fácil, sempre acharemos alguém de uma forma ou de outra. O difícil mesmo é nos abrirmos, mostrarmos nossas inseguranças e batalhar contra elas, para fazer com que a outra pessoa sinta o mesmo.
Pedidos de namoro, alianças de compromisso, tudo isso é muito bom porque aí é só olhar e lembrar que aquela pessoa está lá. Isso qualquer pessoa pode fazer.
O difícil mesmo é querer estar com a outra pessoa para passar por momentos difíceis, Situações que colocam o amor à prova. A única coisa a qual se segurar sendo as promessas feitas, a lembrança dos momentos que viveram e a confiança um no outro. Isso a gente não pode chegar e comprar ou pedir e ter uma confirmação. Isso a gente conquista com o tempo.
Talvez você seja jovem demais para entender isso, talvez você seja egoísta, ou talvez você só esteja perdido demais querendo sentir algo, de alguém, de algo, e eu não sou a pessoa de dar algos para amaciar o seu ego e suas inseguranças. Eu nem sei que tipo de pessoa eu sou.
Até porque cada vez que me vejo abandonado me descubro um pouco mais. Cavo lá no fundo e descubro um novo lado de mim. Clichê né.
Pois é.
Acho que comecei esse texto com muita coisa pra falar e acabei me perdendo e agora nem sei mais o que tô falando, e acho que não falei nada do que queria falar.
Talvez seja pra falar que ainda não te perdoei, e provavelmente não perdoarei. Que me imagino gritando mil coisas na sua cara, mas isso não adiantaria nada. Você já provou o que eu mais temia, agora nada pode trazer de volta aquela segurança que nunca senti.
É, nunca. E acho que eu tava certo nesse quesito.
Às vezes é um saco estar certo.
sábado, 24 de agosto de 2019
uma nota mental sobre acreditar em promessas
Você nunca quis ser ele, você nunca quis ser comparado a ele, você nunca quis saber dele, e talvez por conta disso agora chegamos ao ponto de eu te falar: você agiu como ele. O que eu estou vivendo agora eu já vivi antes, com ele. Talvez se você tivesse perguntado sobre, não teria sido que nem ele. Ou talvez tivesse. Até porque é, ou era eu espero, meu padrão, o meu padrão de envolvimento.
Eu nunca quis que você fosse ele também, e eu tinha medo de você acabar agindo como ele agiu, e infelizmente, meu medo se tornou realidade.
A culpa não é sua de se parecer com ele, acho que não tem nada de errado, até porque nós sempre nos parecemos com alguém, ou com muitos alguéns. E justamente por esse ser o meu padrão, você era parecido com ele, e com muitos outros que vieram antes e me machucaram da mesma forma.
Talvez a promessa pareça algo fácil, algo que você faz e aceita na hora, simplesmente porque não precisa provar, não precisa dar confirmações além da sua palavra, que ela existe. Você concorda e promete e pronto. Só saberemos que nada disso era verdade quando a hora de botar em prática acontecer, na hora que não a gente, mas as nossas vidas precisarem da comprovação dessa promessa. E aí, nesse momento, nós pensamos, droga, eu prometi isso antes, não é mesmo? E nem digo a gente nesse caso, mas você, ou vocês. É, a minha parte da promessa está intacta, eu mantenho ela, eu mantenho todas as minhas palavras feitas naquela tarde enquanto caminhávamos. As que envolviam a gente ficar junto e as que envolviam a gente se afastar; isso foi tudo prometido, só que você preferiu não pensar.
Tudo bem, as vezes nós prometemos coisas que pensamos conseguir cumprir e nem chega a ser mentira, nossa fala realmente quer dizer aquilo, e realmente se tenta, e acho que nesse caso você foi diferente dele. Você nem tentou, você tentou passar a culpa para mim; não a culpa da promessa que eu fiz, mas da vez que falei um pouco mais alto, ou da vez que demorei um pouco mais para falar algo, ou de algo que falei e te machucou. No fim você só queria uma justificativa, terminar tudo sentindo que fazia sentido o que você tinha feito durante todos esses meses, a mentira que você viveu para não ter que encarar a verdade. Até porque é muito mais fácil a gente sair achando que fomos machucados e todos os nossos atos fazem sentido do que simplesmente sair e ser visto como o escroto. E então eu te tranquilizo, eu fui escroto, eu errei sim, eu deixei de falar o que você esperava que eu falasse por ter amar. Agora você está mais tranquilo? Eu te machuquei e toda essa mentira que você criou é justificável. Pode deitar e dormir com o coração mais tranquilo em relação a isso.
Olho por olho né?
Eu nunca quis que você fosse ele também, e eu tinha medo de você acabar agindo como ele agiu, e infelizmente, meu medo se tornou realidade.
A culpa não é sua de se parecer com ele, acho que não tem nada de errado, até porque nós sempre nos parecemos com alguém, ou com muitos alguéns. E justamente por esse ser o meu padrão, você era parecido com ele, e com muitos outros que vieram antes e me machucaram da mesma forma.
Talvez a promessa pareça algo fácil, algo que você faz e aceita na hora, simplesmente porque não precisa provar, não precisa dar confirmações além da sua palavra, que ela existe. Você concorda e promete e pronto. Só saberemos que nada disso era verdade quando a hora de botar em prática acontecer, na hora que não a gente, mas as nossas vidas precisarem da comprovação dessa promessa. E aí, nesse momento, nós pensamos, droga, eu prometi isso antes, não é mesmo? E nem digo a gente nesse caso, mas você, ou vocês. É, a minha parte da promessa está intacta, eu mantenho ela, eu mantenho todas as minhas palavras feitas naquela tarde enquanto caminhávamos. As que envolviam a gente ficar junto e as que envolviam a gente se afastar; isso foi tudo prometido, só que você preferiu não pensar.
Tudo bem, as vezes nós prometemos coisas que pensamos conseguir cumprir e nem chega a ser mentira, nossa fala realmente quer dizer aquilo, e realmente se tenta, e acho que nesse caso você foi diferente dele. Você nem tentou, você tentou passar a culpa para mim; não a culpa da promessa que eu fiz, mas da vez que falei um pouco mais alto, ou da vez que demorei um pouco mais para falar algo, ou de algo que falei e te machucou. No fim você só queria uma justificativa, terminar tudo sentindo que fazia sentido o que você tinha feito durante todos esses meses, a mentira que você viveu para não ter que encarar a verdade. Até porque é muito mais fácil a gente sair achando que fomos machucados e todos os nossos atos fazem sentido do que simplesmente sair e ser visto como o escroto. E então eu te tranquilizo, eu fui escroto, eu errei sim, eu deixei de falar o que você esperava que eu falasse por ter amar. Agora você está mais tranquilo? Eu te machuquei e toda essa mentira que você criou é justificável. Pode deitar e dormir com o coração mais tranquilo em relação a isso.
Olho por olho né?
terça-feira, 6 de agosto de 2019
! ?
Só havia uma certeza, a de que a distância um dia chegaria.
Mas talvez houvesse outra certeza, a de que essa distância já tinha chegado, mesmo não tendo chegado.
Talvez a distância existisse mesmo quando os corpos se tocavam, ou compartilhavam líquidos.
Talvez essa distância não existisse quando quilômetros separavam.
Talvez a distância só estivesse lá sendo distância.
As vezes 1 cm era uma distância impossível de se conviver.
E 1 oceano fosse como um abraço e um cheiro no cangote.
Acabou que a distância virou um talvez, não mais uma certeza.
Mas ao mesmo tempo talvez ela sempre estivesse, e por isso a distância não fosse sentida como uma distância, mas só sendo.
Com certeza o talvez era talvez e a distância era algo entre esses dois, ou até entre algo mais.
Mas ela era.
Talvez
ou com certeza.
Mas ninguém a esperava.
Mas ela era certa.
Mas talvez houvesse outra certeza, a de que essa distância já tinha chegado, mesmo não tendo chegado.
Talvez a distância existisse mesmo quando os corpos se tocavam, ou compartilhavam líquidos.
Talvez essa distância não existisse quando quilômetros separavam.
Talvez a distância só estivesse lá sendo distância.
As vezes 1 cm era uma distância impossível de se conviver.
E 1 oceano fosse como um abraço e um cheiro no cangote.
Acabou que a distância virou um talvez, não mais uma certeza.
Mas ao mesmo tempo talvez ela sempre estivesse, e por isso a distância não fosse sentida como uma distância, mas só sendo.
Com certeza o talvez era talvez e a distância era algo entre esses dois, ou até entre algo mais.
Mas ela era.
Talvez
ou com certeza.
Mas ninguém a esperava.
Mas ela era certa.
quarta-feira, 22 de maio de 2019
Guerra de travesseiros
E durante muitos anos ele (que nesse caso sou eu, mas usarei a terceira pessoa para não sentir a pressão de falar de mim mesmo, e até porque eu acho que acabaram se tornando pessoas diferentes) viveu um relacionamento, que podemos dizer que era abusivo. Ia pedir calma, porque não foi que alguém tenha sido abusivo, mas sim uma entidade, mas acabei percebendo que é mais perigoso ainda, que coisa né. Acho que esse primeiro parágrafo vai ser apenas de explicações para vocês tentarem entender onde eu quero chegar. Pela primeira vez em muitos anos eu estou conseguindo chegar onde eu quero chegar com certa clareza, então acho importante vocês entenderem isso (se é que alguém lê isso além de mim). Inclusive às vezes me pego lendo textos antigos que colocou aqui e fico sem reconhecer muito bem quem era, engraçado né?
Mas voltando, é, era um relacionamento abusivo, no qual ele acordava com ela ao seu lado, e ouvia ela falar que ele não era capaz, e que ele nunca seria bom o suficiente.
Pera aí, acho injusto eu falar da terceira pessoa, acho que estou forte o suficiente para dizer que essa pessoa era eu, e hoje em dia ainda sou eu, e ainda com ela, mas de uma forma diferente.
Tentativa número três, agora acho que vai: e durante muitos anos eu acordei com ela abraçada ao meu corpo, à minha mente, às minhas respostas fisiológicas. Durante anos ela me fez pensar que o problema era eu mesmo, que tudo aquilo era porque eu era um estranho mimado, medroso e incapaz de lidar com o mundo real. Mas que mundo real era esse sabe? O mundo real que ela me fazia imaginar ser o real, até porque eu estava vivendo no mundo dela, e nunca tinha percebido. Ela me fez acreditar que eu era forte, que eu tinha escolhas, que era independente, que o que eu estava fazendo era para o meu bem, mas na verdade era só todo o plano dela, era a forma como ela agia, para continuar vivendo ao meu lado. Acho que eu entendi o que é um relacionamento abusivo tendo vivido com ela por todos esses anos.
Estranho né? Eu pensava dominar esse assunto logicamente, mas aí percebi que não, eu não sabia de nada, eu só achava o que ela me deixava e fazia achar.
Acho que podemos dizer que cada café que eu tomava ao mesmo tempo era minha pausa dela, para respirar, mas ao mesmo tempo, era forma como ela mais se aproximava de mim, talvez quando o efeito passasse, ou ela me fazia ter essa ilusão de liberdade, me fazendo tomar mais café, e aí me envolver por completo novamente, vindo me abraçar onde quer que eu estivesse: começava segurando minhas mãos, e aí enroscava suas pernas nas minhas, encostava seu peito no meu, e quando eu percebia estava envolvido até a cabeça; acho que posso até dizer que em um certo ponto ela se concentrava inteiramente em cima dos meus ombros e cabeça, o que explicaria minhas eternas dores musculares e enxaquecas.
Isso tudo está saindo agora enquanto eu vou escrevendo, é praticamente a minha terapia via palavras, de coisas que ainda nem falei com minha terapeuta; me desculpa inclusive, Ja, acho que isso era mais algo para eu trabalhar comigo mesmo, mas pode deixar, eu levo muitos outros problemas pra você me ajudar a lidar. Acho que isso tá sendo só um insight, daqueles que você fica me olhando com um leve sorriso enquanto eu concluo e desconcluo mil coisas. Desconcluir existe? Aqui existe, que seja.
Mas então, ela me fez entrar em relacionamento poligâmicos com pessoas de quem ela se alimentasse também. ELA QUERIA SUGAR A ENERGIA DE TODOS, QUE SACO! E conseguiu, infelizmente. Ela sugou meu sono, ela sugou minha energia, ela sugou minha auto confiança, ela até sugou meu amor próprio.
Inclusive uma pausa para eu me parabenizar, porque mês passado eu cheguei a conclusão de que eu me amo, pela primeira vez na vida. Isso não é incrível? Eu acho. Eu só queria me abraçar e ficar de conchinha comigo mesmo e falar eu te amo, e beber um chá, e fazer planos comigo mesmo, e foi isso que eu fiz. Eu me amei, eu ainda me amo.
Mas acho que isso era pra ser a conclusão, puts.
Pois bem, que seja a conclusão e fica por isso mesmo, um texto que sai de algum lugar e vai a lugar nenhum de uma hora pra outra, até porque isso não vai ser publicado numa grande revista, e sim aqui nessa página que tem o mesmo propósito daquele travesseiro que a gente aperta contra nossa boca e grita até ficar rouco, amassa nosso nariz, queima nossa garganta e nossos pulmões. E aí depois a gente vai e deita nesse travesseiro e fica em paz, sabendo que ele guarda nossos maiores segredos, que ele sabe pelo que estamos passando e depois nos dá conforto.
CARACA, SIM!
Nossa, talvez eu deva mudar o nome desse blog para algo que envolva travesseiros, porque eu estou aqui agora, levemente sob efeito de café, muito impressionado com essa comparação.
Ah e sobre o relacionamento: ele ainda existe, e provavelmente vai sempre existir e tentar se alimentar de mim e de quem se aproxima de mim, mas agora eu sei um pouco melhor suas estratégias e estou pronto e preparado para lutar contra. (que brega)
Mas voltando, é, era um relacionamento abusivo, no qual ele acordava com ela ao seu lado, e ouvia ela falar que ele não era capaz, e que ele nunca seria bom o suficiente.
Pera aí, acho injusto eu falar da terceira pessoa, acho que estou forte o suficiente para dizer que essa pessoa era eu, e hoje em dia ainda sou eu, e ainda com ela, mas de uma forma diferente.
Tentativa número três, agora acho que vai: e durante muitos anos eu acordei com ela abraçada ao meu corpo, à minha mente, às minhas respostas fisiológicas. Durante anos ela me fez pensar que o problema era eu mesmo, que tudo aquilo era porque eu era um estranho mimado, medroso e incapaz de lidar com o mundo real. Mas que mundo real era esse sabe? O mundo real que ela me fazia imaginar ser o real, até porque eu estava vivendo no mundo dela, e nunca tinha percebido. Ela me fez acreditar que eu era forte, que eu tinha escolhas, que era independente, que o que eu estava fazendo era para o meu bem, mas na verdade era só todo o plano dela, era a forma como ela agia, para continuar vivendo ao meu lado. Acho que eu entendi o que é um relacionamento abusivo tendo vivido com ela por todos esses anos.
Estranho né? Eu pensava dominar esse assunto logicamente, mas aí percebi que não, eu não sabia de nada, eu só achava o que ela me deixava e fazia achar.
Acho que podemos dizer que cada café que eu tomava ao mesmo tempo era minha pausa dela, para respirar, mas ao mesmo tempo, era forma como ela mais se aproximava de mim, talvez quando o efeito passasse, ou ela me fazia ter essa ilusão de liberdade, me fazendo tomar mais café, e aí me envolver por completo novamente, vindo me abraçar onde quer que eu estivesse: começava segurando minhas mãos, e aí enroscava suas pernas nas minhas, encostava seu peito no meu, e quando eu percebia estava envolvido até a cabeça; acho que posso até dizer que em um certo ponto ela se concentrava inteiramente em cima dos meus ombros e cabeça, o que explicaria minhas eternas dores musculares e enxaquecas.
Isso tudo está saindo agora enquanto eu vou escrevendo, é praticamente a minha terapia via palavras, de coisas que ainda nem falei com minha terapeuta; me desculpa inclusive, Ja, acho que isso era mais algo para eu trabalhar comigo mesmo, mas pode deixar, eu levo muitos outros problemas pra você me ajudar a lidar. Acho que isso tá sendo só um insight, daqueles que você fica me olhando com um leve sorriso enquanto eu concluo e desconcluo mil coisas. Desconcluir existe? Aqui existe, que seja.
Mas então, ela me fez entrar em relacionamento poligâmicos com pessoas de quem ela se alimentasse também. ELA QUERIA SUGAR A ENERGIA DE TODOS, QUE SACO! E conseguiu, infelizmente. Ela sugou meu sono, ela sugou minha energia, ela sugou minha auto confiança, ela até sugou meu amor próprio.
Inclusive uma pausa para eu me parabenizar, porque mês passado eu cheguei a conclusão de que eu me amo, pela primeira vez na vida. Isso não é incrível? Eu acho. Eu só queria me abraçar e ficar de conchinha comigo mesmo e falar eu te amo, e beber um chá, e fazer planos comigo mesmo, e foi isso que eu fiz. Eu me amei, eu ainda me amo.
Mas acho que isso era pra ser a conclusão, puts.
Pois bem, que seja a conclusão e fica por isso mesmo, um texto que sai de algum lugar e vai a lugar nenhum de uma hora pra outra, até porque isso não vai ser publicado numa grande revista, e sim aqui nessa página que tem o mesmo propósito daquele travesseiro que a gente aperta contra nossa boca e grita até ficar rouco, amassa nosso nariz, queima nossa garganta e nossos pulmões. E aí depois a gente vai e deita nesse travesseiro e fica em paz, sabendo que ele guarda nossos maiores segredos, que ele sabe pelo que estamos passando e depois nos dá conforto.
CARACA, SIM!
Nossa, talvez eu deva mudar o nome desse blog para algo que envolva travesseiros, porque eu estou aqui agora, levemente sob efeito de café, muito impressionado com essa comparação.
Ah e sobre o relacionamento: ele ainda existe, e provavelmente vai sempre existir e tentar se alimentar de mim e de quem se aproxima de mim, mas agora eu sei um pouco melhor suas estratégias e estou pronto e preparado para lutar contra. (que brega)
sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
Dia 01
E tudo recomeçou, ou melhor, começou. Até porque pra recomeçar deveríamos ser as mesmas pessoas, mas dessa vez não éramos.
Ele tinha cabelo loiro e eu cabelo branco, logo, acho que somos duas pessoas novas, pelo menos entenderei assim, até porque é um novo ano, e tudo que não era para ser trazido, ficou para trás, e bom, acho importante só trazer as partes boas. E acabou que trouxe ele por completo, e ele me trouxe por completo, então talvez as partes ruins não fôssemos nós, é, eu tenho certeza que não eram. Nós éramos, nós somos, as partes boas, nós somos as partes boas uma para o outro.
Ele não seria minha âncora, muito menos meu tentáculo, eu seria minha própria âncora, e faria de tudo para não ser meu próprio tentáculo, que é o que espero ter deixado pra trás.
Acho que é isso, damos tantos papéis às pessoas que acabamos não percebemos que somos nós esses personagens, e que só procuramos formas mais fáceis de aceitar que eles estão na nossa vida, que eles estão dentro de nós.
É, já foi um primeiro dia de revelações interiores. Boas, pelo menos. Fáceis? Não, nunca são, porém necessárias.
Bom, era o primeiro dia, como eu disse. Era um novo ciclo, um novo tudo. Eu era uma nova pessoa e ele aparentemente também. É, a armadura ficou para trás também, acho que já tinha passado da hora que usá-la, até porque eu nem sei porque carregava ela, acho que era só pra eu parecer mais forte do que eu sou. Está na hora de aceitar que não sou uma pessoa que usa armaduras, e sim uma pessoa que anda por aí sem camisa, até porque facilita mostrar o meu piercing no mamilo. Foda-se as barreiras também, se for para tudo inundar, que inunde, que a gente se afogue em toda essa inundação, mas juntos.
É, vai ser um risco, e agora, digo, eu não sei o que estou fazendo e sim, tenho bastante medo de tudo, mas é aquilo né: ninguém solta a mão de ninguém, e pra mim, só de você não soltar minha mão, já é o suficiente, porque eu não soltarei a sua. Ou então pode me algemar, não quero me perder, e não quero te perder, nem nos perder.
Ele tinha cabelo loiro e eu cabelo branco, logo, acho que somos duas pessoas novas, pelo menos entenderei assim, até porque é um novo ano, e tudo que não era para ser trazido, ficou para trás, e bom, acho importante só trazer as partes boas. E acabou que trouxe ele por completo, e ele me trouxe por completo, então talvez as partes ruins não fôssemos nós, é, eu tenho certeza que não eram. Nós éramos, nós somos, as partes boas, nós somos as partes boas uma para o outro.
Ele não seria minha âncora, muito menos meu tentáculo, eu seria minha própria âncora, e faria de tudo para não ser meu próprio tentáculo, que é o que espero ter deixado pra trás.
Acho que é isso, damos tantos papéis às pessoas que acabamos não percebemos que somos nós esses personagens, e que só procuramos formas mais fáceis de aceitar que eles estão na nossa vida, que eles estão dentro de nós.
É, já foi um primeiro dia de revelações interiores. Boas, pelo menos. Fáceis? Não, nunca são, porém necessárias.
Bom, era o primeiro dia, como eu disse. Era um novo ciclo, um novo tudo. Eu era uma nova pessoa e ele aparentemente também. É, a armadura ficou para trás também, acho que já tinha passado da hora que usá-la, até porque eu nem sei porque carregava ela, acho que era só pra eu parecer mais forte do que eu sou. Está na hora de aceitar que não sou uma pessoa que usa armaduras, e sim uma pessoa que anda por aí sem camisa, até porque facilita mostrar o meu piercing no mamilo. Foda-se as barreiras também, se for para tudo inundar, que inunde, que a gente se afogue em toda essa inundação, mas juntos.
É, vai ser um risco, e agora, digo, eu não sei o que estou fazendo e sim, tenho bastante medo de tudo, mas é aquilo né: ninguém solta a mão de ninguém, e pra mim, só de você não soltar minha mão, já é o suficiente, porque eu não soltarei a sua. Ou então pode me algemar, não quero me perder, e não quero te perder, nem nos perder.
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