Você nunca quis ser ele, você nunca quis ser comparado a ele, você nunca quis saber dele, e talvez por conta disso agora chegamos ao ponto de eu te falar: você agiu como ele. O que eu estou vivendo agora eu já vivi antes, com ele. Talvez se você tivesse perguntado sobre, não teria sido que nem ele. Ou talvez tivesse. Até porque é, ou era eu espero, meu padrão, o meu padrão de envolvimento.
Eu nunca quis que você fosse ele também, e eu tinha medo de você acabar agindo como ele agiu, e infelizmente, meu medo se tornou realidade.
A culpa não é sua de se parecer com ele, acho que não tem nada de errado, até porque nós sempre nos parecemos com alguém, ou com muitos alguéns. E justamente por esse ser o meu padrão, você era parecido com ele, e com muitos outros que vieram antes e me machucaram da mesma forma.
Talvez a promessa pareça algo fácil, algo que você faz e aceita na hora, simplesmente porque não precisa provar, não precisa dar confirmações além da sua palavra, que ela existe. Você concorda e promete e pronto. Só saberemos que nada disso era verdade quando a hora de botar em prática acontecer, na hora que não a gente, mas as nossas vidas precisarem da comprovação dessa promessa. E aí, nesse momento, nós pensamos, droga, eu prometi isso antes, não é mesmo? E nem digo a gente nesse caso, mas você, ou vocês. É, a minha parte da promessa está intacta, eu mantenho ela, eu mantenho todas as minhas palavras feitas naquela tarde enquanto caminhávamos. As que envolviam a gente ficar junto e as que envolviam a gente se afastar; isso foi tudo prometido, só que você preferiu não pensar.
Tudo bem, as vezes nós prometemos coisas que pensamos conseguir cumprir e nem chega a ser mentira, nossa fala realmente quer dizer aquilo, e realmente se tenta, e acho que nesse caso você foi diferente dele. Você nem tentou, você tentou passar a culpa para mim; não a culpa da promessa que eu fiz, mas da vez que falei um pouco mais alto, ou da vez que demorei um pouco mais para falar algo, ou de algo que falei e te machucou. No fim você só queria uma justificativa, terminar tudo sentindo que fazia sentido o que você tinha feito durante todos esses meses, a mentira que você viveu para não ter que encarar a verdade. Até porque é muito mais fácil a gente sair achando que fomos machucados e todos os nossos atos fazem sentido do que simplesmente sair e ser visto como o escroto. E então eu te tranquilizo, eu fui escroto, eu errei sim, eu deixei de falar o que você esperava que eu falasse por ter amar. Agora você está mais tranquilo? Eu te machuquei e toda essa mentira que você criou é justificável. Pode deitar e dormir com o coração mais tranquilo em relação a isso.
Olho por olho né?
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