quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Dia 499, parte 2

Não é fácil.

Como pode alguém ser tão macio?
Eu não digo fisicamente, isso ele também é; seu beijo, seu pau, seu cu, seu pé. Mas a alma dele, parece um algodão doce, que ás vezes dá vontade de comer. As vezes eu paro e me acho meio estranho por querer comer a alma de alguém, mas sei lá, acho que vocês chamam isso de linguagem figurada, mas não sei se é. Bom....

Ah, ele voltou, bem lembrado falar isso.

Não bebemos a segunda garrafa de frizante branco juntos, mas eu bebi por ele, assim como muitas coisas ele fez por mim.
Falando assim parece que nós assaltamos um banco um pelo outro, mas não, foram pequenas coisas, coisas que para quem não está apaixonado não teriam tanta importância, mas para quem está, fazem.
Sim, estamos apaixonados. Uau né. Vocês imaginavam que eu diria isso de novo?
Eu sim, muitas vezes,, e que não seria correspondido. Mas nesse caso, sou.
Sou muitas coisas que eu sei, mas algumas que ainda não tenho certeza, mas se fosse não ficaria triste.
Ele também é, só não deve saber ainda, talvez porque eu não tenha sabido ainda como colocar em palavras, ou tenha dito de alguma forma que ele não tenha entendido, mas deixo aqui confirmado, ele é.

Não é fácil, e nem vai ser, e ainda bem que não é.
Mas é pra isso que temos isso tudo que temos, que temos um ao outro. Ah, "nós" também não é fácil, e sou grato por não ser, porque se fosse, bom, acho que nem seria em primeiro lugar.
Eu não sou fácil de lidar ou de aguentar, ele não é fácil de entender.
Mas tudo parece tão fácil ao mesmo tempo.
Eu nunca sei se tô preparado pra tirar a roupa dele e beijar aquele corpo e deixar marcas de mordidas nas costas. Eu nunca sei se tô preparado pra receber ele com um beijão e um abraço até a cama. Eu nunca sei se tô preparado pra ouvir que ele não vai ficar. Eu nunca sei de nada, e acho que nem ele.


Ele nunca sabe o que quer fazer, e eu menos ainda. No final nunca fazemos nada, só estamos.
Ele sempre tem medo de falar ou fazer algo de errado, e eu também, mas eu arrisco e falo, e faço, no fundo torcendo para não ser errado porque não seria fácil se fosse.
Nossas surpresas um para o outro nunca funcionam, mas não importa, porque a gente funciona.
Ele odeia me fazer massagem sabe-se lá porque, e eu odeio fazer massagem nele porque ele nunca consegue respirar e fica se mexendo.
Ele odeia que eu mexa no nariz dele, e eu adoro mexer no nariz dele só pra ele ficar sem graça.

Caraca, que confuso, eu não sei nem como expressar isso tudo, ou sei né, mas ainda não quero, por medo, por expectativas, por medo das expectativas, é, isso.

É ISSO!

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