And there you were again
Na verdade não,
it wasn't you,
e nem era você,
era eu.
Era todo aquele 100% que eu coloquei em você,
and on you,
e em mim.
Mas fui eu,
sim, eu admito.
O motivo de eu chorar não era sua culpa,
and not even yours, for the first time,
era por mim mesmo e pela forma como nunca consegui lidar comigo mesmo,
como não consegui lidar com todos aqueles fantasmas do passado
e os do presente
e os que eu imaginaria que seriam do futuro,
porque só me resta imaginar, já que eles ainda não existem,
só na minha cabeça.
And for that, there you were again,
e cá estava eu,
e lá estava você,
e não havia ninguém junto de ninguém,
metaforicamente e literalmente.
E meu chá esfriava na mesa de cabeceira,
enquanto eu preferia ficar deitado chorando,
a levantar e me esquentar por dentro,
já que você não estava aqui para me esquentar por fora,
and specially weren't you.
Só tinha a mim mesmo,
e qual era o problema disso?
Nenhum, eu digo,
e digo um pouco mais alto,
e digo com um sorriso no rosto
e secando as lágrimas.
Nenhum.
E assim o problema começou a descer garganta abaixo, junto com o chá,
que estava meio gelado,
mas ainda tinha o seu gosto.
Nenhum de vocês,
nenhum de nós,
mas todos de mim.
histórias fictícias mas que na minha cabeça aconteceram ou acontecerão em algum momento
sexta-feira, 30 de novembro de 2018
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
sEu
Seja meu,
na verdade, não,
seja seu,
e deixe que eu seja meu.
Além disso,
não seja eu,
deixe você ser você
e eu ser eu.
Mas me beije,
isso sim,
me beije muito,
com esse beijo que só você sabe dar.
Se dê,
mas não por completo,
o beijo e um pouco mais já está de bom tamanho.
Não sei se eu conseguiria ter algo assim tão precioso,
até gostaria,
mas ao mesmo tempo não gostaria,
ter partes de você já é bom o bastante.
Por que?
Ora,
porque você é tanto,
tanta coisa,
tante,
que 1% de você já me deixa 100% feliz,
ou quase lá.
Mas então
seja, beije, dê,
ame.
Eu te amo
na verdade, não,
seja seu,
e deixe que eu seja meu.
Além disso,
não seja eu,
deixe você ser você
e eu ser eu.
Mas me beije,
isso sim,
me beije muito,
com esse beijo que só você sabe dar.
Se dê,
mas não por completo,
o beijo e um pouco mais já está de bom tamanho.
Não sei se eu conseguiria ter algo assim tão precioso,
até gostaria,
mas ao mesmo tempo não gostaria,
ter partes de você já é bom o bastante.
Por que?
Ora,
porque você é tanto,
tanta coisa,
tante,
que 1% de você já me deixa 100% feliz,
ou quase lá.
Mas então
seja, beije, dê,
ame.
Eu te amo
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
Café
Onze horas da amanhã e eu acordo com ele do meu lado. Ele ainda está de olhos fechados, mas eu sei que já está acordado, então eu vou e falo "bom dia" e ele me responde com um beijo. O beijo ainda tem gosto de vinho, sêmen, pau e bunda, da noite passada.
A primeira coisa que pergunto é se ele quer café. "E com canela". Que bom que ele gostou dessa ideia que dei há dias atrás, até porque canela é o que coloco em qualquer coisa, seja pra deixar mais gostoso, ou pra deixar minimamente bebível. Nesse caso é pra deixar ainda mais gostoso, até porque deixar café ruim é uma arte para poucas pessoas, e para todos os restaurantes que oferecem um copinho de café gratuito depois do almoço.
Enquanto o café não fica pronto eu fico pensando em mil coisas do que dissemos noite passada, e ele deitado na cama, sabe-se lá fazendo o que, até porque ele já fez tudo para fazer enquanto eu dormia e ele fingia dormir e rolava na cama por horas sem me acordar.
Eu pensei que começar o dia tomando café por si só já fosse a melhor forma de iniciar qualquer dia, mas então eu aprendi que quando fazia isso com ele poderia ser melhor ainda. Na verdade, tudo eu comecei a descobrir que poderia ser melhor ainda se eu fizesse com ele. Fosse tomar um café para melhorar meu humor pela manhã, ou acordar de mau humor não querendo olhar na cara de ninguém.
Acho que tem algum motivo para eu estar falando tanto de café nesse texto, então tentei traçar uma relação, buscando no meu subconsciente.
Acho que minha vida antes de conhecer ele pode ser comparada aos cafés gratuitos de restaurante: raso, difícil de ser tragado, meio transparente, sem graça, que não te dá energia. E ele seria a canela que eu poderia colocar neles e tornar mais bebível, mais tolerável, e quem sabe até me dar energia, até porque a canela é afrodisíaca, e ele...bom, eu acho que o fato de eu acordar com todos esses gostos na minha boca já diz o suficiente.
Mas nós não precisamos de açúcar, não. Açúcar é o que mascara totalmente o verdadeiro gosto do café, é algo que você coloca para parecer que o café não é café, e sim uma bebida doce para acompanhar seu pão com manteiga pela manhã. Nós não precisamos de açúcar, nós estamos bem sendo o café e a canela, que se complementam e não se apagam, trazendo algo de novo um para o outro.
Depois que bebemos o café e nos beijamos parece que todos os outros gostos sumiram, todas as lembranças da noite passada sumiram, e agora estamos prontos para colocarmos novos sabores na nossa boca, novos momentos um com o outro. Um novo dia, e mais alguns cafés durante ele.
A primeira coisa que pergunto é se ele quer café. "E com canela". Que bom que ele gostou dessa ideia que dei há dias atrás, até porque canela é o que coloco em qualquer coisa, seja pra deixar mais gostoso, ou pra deixar minimamente bebível. Nesse caso é pra deixar ainda mais gostoso, até porque deixar café ruim é uma arte para poucas pessoas, e para todos os restaurantes que oferecem um copinho de café gratuito depois do almoço.
Enquanto o café não fica pronto eu fico pensando em mil coisas do que dissemos noite passada, e ele deitado na cama, sabe-se lá fazendo o que, até porque ele já fez tudo para fazer enquanto eu dormia e ele fingia dormir e rolava na cama por horas sem me acordar.
Eu pensei que começar o dia tomando café por si só já fosse a melhor forma de iniciar qualquer dia, mas então eu aprendi que quando fazia isso com ele poderia ser melhor ainda. Na verdade, tudo eu comecei a descobrir que poderia ser melhor ainda se eu fizesse com ele. Fosse tomar um café para melhorar meu humor pela manhã, ou acordar de mau humor não querendo olhar na cara de ninguém.
Acho que tem algum motivo para eu estar falando tanto de café nesse texto, então tentei traçar uma relação, buscando no meu subconsciente.
Acho que minha vida antes de conhecer ele pode ser comparada aos cafés gratuitos de restaurante: raso, difícil de ser tragado, meio transparente, sem graça, que não te dá energia. E ele seria a canela que eu poderia colocar neles e tornar mais bebível, mais tolerável, e quem sabe até me dar energia, até porque a canela é afrodisíaca, e ele...bom, eu acho que o fato de eu acordar com todos esses gostos na minha boca já diz o suficiente.
Mas nós não precisamos de açúcar, não. Açúcar é o que mascara totalmente o verdadeiro gosto do café, é algo que você coloca para parecer que o café não é café, e sim uma bebida doce para acompanhar seu pão com manteiga pela manhã. Nós não precisamos de açúcar, nós estamos bem sendo o café e a canela, que se complementam e não se apagam, trazendo algo de novo um para o outro.
Depois que bebemos o café e nos beijamos parece que todos os outros gostos sumiram, todas as lembranças da noite passada sumiram, e agora estamos prontos para colocarmos novos sabores na nossa boca, novos momentos um com o outro. Um novo dia, e mais alguns cafés durante ele.
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Dia 499, parte 2
Não é fácil.
Como pode alguém ser tão macio?
Eu não digo fisicamente, isso ele também é; seu beijo, seu pau, seu cu, seu pé. Mas a alma dele, parece um algodão doce, que ás vezes dá vontade de comer. As vezes eu paro e me acho meio estranho por querer comer a alma de alguém, mas sei lá, acho que vocês chamam isso de linguagem figurada, mas não sei se é. Bom....
Ah, ele voltou, bem lembrado falar isso.
Não bebemos a segunda garrafa de frizante branco juntos, mas eu bebi por ele, assim como muitas coisas ele fez por mim.
Falando assim parece que nós assaltamos um banco um pelo outro, mas não, foram pequenas coisas, coisas que para quem não está apaixonado não teriam tanta importância, mas para quem está, fazem.
Sim, estamos apaixonados. Uau né. Vocês imaginavam que eu diria isso de novo?
Eu sim, muitas vezes,, e que não seria correspondido. Mas nesse caso, sou.
Sou muitas coisas que eu sei, mas algumas que ainda não tenho certeza, mas se fosse não ficaria triste.
Ele também é, só não deve saber ainda, talvez porque eu não tenha sabido ainda como colocar em palavras, ou tenha dito de alguma forma que ele não tenha entendido, mas deixo aqui confirmado, ele é.
Não é fácil, e nem vai ser, e ainda bem que não é.
Mas é pra isso que temos isso tudo que temos, que temos um ao outro. Ah, "nós" também não é fácil, e sou grato por não ser, porque se fosse, bom, acho que nem seria em primeiro lugar.
Eu não sou fácil de lidar ou de aguentar, ele não é fácil de entender.
Mas tudo parece tão fácil ao mesmo tempo.
Eu nunca sei se tô preparado pra tirar a roupa dele e beijar aquele corpo e deixar marcas de mordidas nas costas. Eu nunca sei se tô preparado pra receber ele com um beijão e um abraço até a cama. Eu nunca sei se tô preparado pra ouvir que ele não vai ficar. Eu nunca sei de nada, e acho que nem ele.
Ele nunca sabe o que quer fazer, e eu menos ainda. No final nunca fazemos nada, só estamos.
Ele sempre tem medo de falar ou fazer algo de errado, e eu também, mas eu arrisco e falo, e faço, no fundo torcendo para não ser errado porque não seria fácil se fosse.
Nossas surpresas um para o outro nunca funcionam, mas não importa, porque a gente funciona.
Ele odeia me fazer massagem sabe-se lá porque, e eu odeio fazer massagem nele porque ele nunca consegue respirar e fica se mexendo.
Ele odeia que eu mexa no nariz dele, e eu adoro mexer no nariz dele só pra ele ficar sem graça.
Caraca, que confuso, eu não sei nem como expressar isso tudo, ou sei né, mas ainda não quero, por medo, por expectativas, por medo das expectativas, é, isso.
É ISSO!
Como pode alguém ser tão macio?
Eu não digo fisicamente, isso ele também é; seu beijo, seu pau, seu cu, seu pé. Mas a alma dele, parece um algodão doce, que ás vezes dá vontade de comer. As vezes eu paro e me acho meio estranho por querer comer a alma de alguém, mas sei lá, acho que vocês chamam isso de linguagem figurada, mas não sei se é. Bom....
Ah, ele voltou, bem lembrado falar isso.
Não bebemos a segunda garrafa de frizante branco juntos, mas eu bebi por ele, assim como muitas coisas ele fez por mim.
Falando assim parece que nós assaltamos um banco um pelo outro, mas não, foram pequenas coisas, coisas que para quem não está apaixonado não teriam tanta importância, mas para quem está, fazem.
Sim, estamos apaixonados. Uau né. Vocês imaginavam que eu diria isso de novo?
Eu sim, muitas vezes,, e que não seria correspondido. Mas nesse caso, sou.
Sou muitas coisas que eu sei, mas algumas que ainda não tenho certeza, mas se fosse não ficaria triste.
Ele também é, só não deve saber ainda, talvez porque eu não tenha sabido ainda como colocar em palavras, ou tenha dito de alguma forma que ele não tenha entendido, mas deixo aqui confirmado, ele é.
Não é fácil, e nem vai ser, e ainda bem que não é.
Mas é pra isso que temos isso tudo que temos, que temos um ao outro. Ah, "nós" também não é fácil, e sou grato por não ser, porque se fosse, bom, acho que nem seria em primeiro lugar.
Eu não sou fácil de lidar ou de aguentar, ele não é fácil de entender.
Mas tudo parece tão fácil ao mesmo tempo.
Eu nunca sei se tô preparado pra tirar a roupa dele e beijar aquele corpo e deixar marcas de mordidas nas costas. Eu nunca sei se tô preparado pra receber ele com um beijão e um abraço até a cama. Eu nunca sei se tô preparado pra ouvir que ele não vai ficar. Eu nunca sei de nada, e acho que nem ele.
Ele nunca sabe o que quer fazer, e eu menos ainda. No final nunca fazemos nada, só estamos.
Ele sempre tem medo de falar ou fazer algo de errado, e eu também, mas eu arrisco e falo, e faço, no fundo torcendo para não ser errado porque não seria fácil se fosse.
Nossas surpresas um para o outro nunca funcionam, mas não importa, porque a gente funciona.
Ele odeia me fazer massagem sabe-se lá porque, e eu odeio fazer massagem nele porque ele nunca consegue respirar e fica se mexendo.
Ele odeia que eu mexa no nariz dele, e eu adoro mexer no nariz dele só pra ele ficar sem graça.
Caraca, que confuso, eu não sei nem como expressar isso tudo, ou sei né, mas ainda não quero, por medo, por expectativas, por medo das expectativas, é, isso.
É ISSO!
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