Merda, o
que eu vou falar pra agradar ele? Será que ele vai rir das minhas piadas? Será
que eu vou entender o inglês dele. Porra!
E lá estava eu, com um celular quebrado, tentando encontrar o estudante de medicina inglês que tinha ido me buscar de carro em casa para irmos ver um filme da Disney em sua casa. Acho que essa foi uma das únicas vezes que um convite para ver filme realmente foi de verdade, que o filme não foi substituído por sexo ou quase lá.
Talvez eu seja descompensado, não... na verdade, eu sou descompensado emocionalmente, isso é certo. Mas a culpa é minha se no nosso primeiro encontro, ainda dentro do carro indo pra casa dele ele deu corda pro meu assunto de onde vamos morar quando nos casarmos e qual seria o nome do nosso cachorro? PORRA TO APAIXONADO, SEGUNDA SEMANA NESSE LUGAR E JÁ VOU ARRUMAR UM NAMORADO (o quão errado eu tava, ainda bem).
Juro que tentei evitar todas as conversas sobre medicina e comparar conhecimentos e etc, ainda mais em outra língua, mas ele insistia em falar disso e eu falava, não podia perder “meu futuro marido inglês que tinha aceitado morar em algum lugar entre Londres e Manchester”. Ok, eu queria Londres e ele queria Manchester, então essa foi a solução, desculpa deixar passar a informação sem explicar, não vai acontecer de novo (vai sim).
Lembro que foi a primeira vez que tomei um chá britânico, e ainda mais com leite, e só pensava “merda como vou cuspir isso sem ele perceber?”, mesmo com as promessas dele de que fazia o melhor chá do mundo (o mesmo gosto de todos que vim a tomar).
Filme da Disney passando, a gente abraçado, a gente se beijando em algumas partes, eu pedindo pra ele me explicar o que perdi, eu querendo ficar na casa dele pra sempre, ele não me deixando ir embora, não ia reclamar, e na verdade não reclamei. Ele tinha que buscar a amiga, me ofereceu uma carona, eu disse sim, conheci a amiga, ela já me conhecia, tchau beijos até a próxima.
E lá estava eu, com um celular quebrado, tentando encontrar o estudante de medicina inglês que tinha ido me buscar de carro em casa para irmos ver um filme da Disney em sua casa. Acho que essa foi uma das únicas vezes que um convite para ver filme realmente foi de verdade, que o filme não foi substituído por sexo ou quase lá.
Talvez eu seja descompensado, não... na verdade, eu sou descompensado emocionalmente, isso é certo. Mas a culpa é minha se no nosso primeiro encontro, ainda dentro do carro indo pra casa dele ele deu corda pro meu assunto de onde vamos morar quando nos casarmos e qual seria o nome do nosso cachorro? PORRA TO APAIXONADO, SEGUNDA SEMANA NESSE LUGAR E JÁ VOU ARRUMAR UM NAMORADO (o quão errado eu tava, ainda bem).
Juro que tentei evitar todas as conversas sobre medicina e comparar conhecimentos e etc, ainda mais em outra língua, mas ele insistia em falar disso e eu falava, não podia perder “meu futuro marido inglês que tinha aceitado morar em algum lugar entre Londres e Manchester”. Ok, eu queria Londres e ele queria Manchester, então essa foi a solução, desculpa deixar passar a informação sem explicar, não vai acontecer de novo (vai sim).
Lembro que foi a primeira vez que tomei um chá britânico, e ainda mais com leite, e só pensava “merda como vou cuspir isso sem ele perceber?”, mesmo com as promessas dele de que fazia o melhor chá do mundo (o mesmo gosto de todos que vim a tomar).
Filme da Disney passando, a gente abraçado, a gente se beijando em algumas partes, eu pedindo pra ele me explicar o que perdi, eu querendo ficar na casa dele pra sempre, ele não me deixando ir embora, não ia reclamar, e na verdade não reclamei. Ele tinha que buscar a amiga, me ofereceu uma carona, eu disse sim, conheci a amiga, ela já me conhecia, tchau beijos até a próxima.
Round 2
Bom, não esperem um final tão legal quanto esse. O planejamento do casamento e da casa foi trocado por “nossa dei match com seu amigo no Tinder”. O filme abraçadinho e dando vários beijos foi trocado por “minha amiga precisa de mim, já volto” e todo o tempo que passei lá não querendo ir embora virou 1 hora sozinho pesquisando qual ônibus pegar pra ir pra casa. “Oi minha amiga tá bem mal, não sei o que fazer” “Tudo bem, eu vou embora, vai dar atenção pra ela” “Obrigado, eu te levo em casa.”
Carona até em casa, clima chato dentro do carro, eu já imaginava o fim de tudo (e dessa vez eu estava certo), beijos, até a próxima.
Bom, não esperem um final tão legal quanto esse. O planejamento do casamento e da casa foi trocado por “nossa dei match com seu amigo no Tinder”. O filme abraçadinho e dando vários beijos foi trocado por “minha amiga precisa de mim, já volto” e todo o tempo que passei lá não querendo ir embora virou 1 hora sozinho pesquisando qual ônibus pegar pra ir pra casa. “Oi minha amiga tá bem mal, não sei o que fazer” “Tudo bem, eu vou embora, vai dar atenção pra ela” “Obrigado, eu te levo em casa.”
Carona até em casa, clima chato dentro do carro, eu já imaginava o fim de tudo (e dessa vez eu estava certo), beijos, até a próxima.
Não teve
próxima. Ele começou a namorar, eu não comecei a namorar, pelo menos ele não
namorou “meu amigo que deu match no Tinder”.
Talvez eu tenha entrado no Facebook dele por meses depois disso, talvez eu tenha torcido pra que esse namoro terminasse antes que eu viesse embora? Aconteceu? Não, obrigado, ainda bem. Mas pelo menos agradeço pelo chá e pelo filme, que agora entrou pra minha lista de filmes favoritos.
Talvez eu tenha entrado no Facebook dele por meses depois disso, talvez eu tenha torcido pra que esse namoro terminasse antes que eu viesse embora? Aconteceu? Não, obrigado, ainda bem. Mas pelo menos agradeço pelo chá e pelo filme, que agora entrou pra minha lista de filmes favoritos.
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