quarta-feira, 30 de outubro de 2013

um

- vai doer?
- um pouco, mas se você quiser eu paro.
- tudo bem, eu confio em você.
por mais que ele me avisasse que não seria o melhor sentimento do mundo eu não conseguia acreditar. não conseguia acreditar que algo que viesse dele pudesse me machucar.
eu estava deitado, nu. ele, então chegou, subiu em cima de mim e olhou pra minha cara e deu um sorriso, como se prometesse que tudo daria certo. eu estava nervoso mas não pude deixar de sorrir também. o meu saiu como um sorriso nervoso, quebrado e então ele percebeu que eu precisava dele, da segurança dele e apertou minha mão.
eu percebia que ele queria fazer daquele momento o melhor da minha vida, mais um dos melhores momentos da minha vida ao seu lado. eu ficava feliz por ele ter tanta paciência comigo e ver como ele se esforçava comigo enquanto poderia estar com alguém muito mais experiente.
eu olhei pra ele e fiz com a cabeça que estava preparado. por mais que eu não estivesse eu mostraria estar, eu queria aquele momento, eu queria ele dentro de mim, que ele fosse meu primeiro pois sabia que depois eu ainda o teria, teria o abraço dele, o beijo dele ele deitaria comigo o tempo que fosse enquanto eu me recuperasse.
 ele largou minha mão e se apoiou na cama e eu segurei o lençol como se minha vida dependesse desse ato, como se aquilo fosse me proteger de qualquer coisa que viesse acontecer, naquele momento ou no futuro. ele afastou minhas pernas e entrou naquele espaço, ficando por cima de mim e pronto para começar.
e tudo aconteceu. com dor sem dor com lágrimas com sua mão na minha com seu lábio no meu sem medo sem vontade de acabar porém, acabou, como tudo, que sempre acaba.

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